Não sei se você algum dia já presenciou ou vivenciou o seguinte diálogo:
Empregado: Chefe, gostaria de ser promovido a Analista Senior.
Chefe : Sinto muito, não tem vaga !
Infelizmente algumas empresas ainda confundem a propriedade da Senioridade. A quem ela pertence: ao empregado ou ao cargo?
Vamos deixar bem claro: o cargo é algo estático, com atividades, requisitos ou competências funcionais bem definidas. O empregado, por sua vez, é a dinâmica do processo. É ele quem evolui incorporando competências individuais, pessoais, que o faz progredir na carreira.
Não existe cargo Junior, Pleno ou Senior mas profissional Junior, Pleno ou Senior! Consequentemente, o argumento de que não há vaga para uma promoção de Pleno para Senior, por exemplo, é pura desculpa.
Pelo tal de “headcount” já existe na estrutura da empresa alguém – você – ocupando uma posição, isto é, a vaga existe e já está preenchida por você! O que ocorre é que, agora, o ocupante cresceu no seu nível de senioridade e se a empresa tiver uma “régua” para medir essa evolução vai posiciona-lo num nível superior- o headcount continua o mesmo.
Qual a diferença entre um profissional Pleno e outro Senior? Com base na descrição básica do cargo, o Senior faz tudo o que lá está descrito, porém melhor; ou, ainda, ocupa-se das tarefas mais complexas que compõem essa mesma descrição.
Portanto, vamos parar com essa “lengalenga” de montar as estruturas de cargos com Juniores ou Seniores. O cargo é um só, o que muda é o seu ocupante.
São Paulo, 2017
José Francisco D´Annibale
Professor universitário INPG e UNITAU –Módulo de Cargos e Salários – MBA em Gestão de Pessoas
Sócio-Diretor da R$EMUNERA Consultoria em RH
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